segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os Seis Testes de Uma Igreja Genuína


1. SEM NOME PARTICULAR

Uma divisão é chamada de denominação porque foi denominada por um nome especial. Assim, o primeiro fator de uma denominação é um nome especial. Nem o sol nem a lua tem um nome particular. O sol é sol e a lua é lua. Jamais ouvi que alguém tenha dado um nome ao sol ou à lua. Tampouco os dois precisam de um nome. Onde quer que eu esteja: Estados Unidos, na Europa ou no Extremo Oriente, a lua é a lua e o sol é o sol. No máximo posso falar da lua em Sidney, a lua em Paris ou a lua em Recife. Dar um nome especial a certo grupo de cristão é constituí-los numa facção, numa denominação. Isso os torna uma facção denominada, uma facção divisiva com um nome particular.

Qualquer grupo cristão que tenho um nome particular é uma divisão, uma seita. Não deveríamos ter qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus. Cremos em Seu nome e fomos batizados para dentro do Seu nome agora estamos nos reunindo em Seu nome. Jamais pense que a questão do nome seja algo insignificante. Tenho de usar meu nome em tudo o que faço. Usar um outro nome é ser enganador. Jamais pense que não faz diferença você chamar a si mesmo de Almeida ou Mendonça. O nome é Witness Lee. Você não pode chamar-me de sr. Almeida. O nome significa tudo. Se uma herança me fosse aquinhoada em meu nome, Witness Lee, mas eu chamo a mim mesmo de sr. Almeida, perderia o direito de reivindicar e desfrutar essa herança.

Nunca negligencie essa questão do nome. Tomar qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus é uma forma de fornicação espiritual. Quão errado seria minha esposa, sra. Witness Lee, sair com o nome de outro homem! Uma mulher casada tomar um outro nome é fornicação. Jamais pense que essa questão é insignificante. O Senhor Jesus louvou a igreja em Filadélfia porque eles não negaram o Seu nome (Ap.3: 8). Se honramos o Senhor e sinceramente queremos levá-Lo a sério, com certeza renunciaremos a qualquer outro nome afora o nome do Senhor Jesus. Fomos batizados para dentro do nome do Senhor Jesus. Ao se dirigir aos contenciosos na igreja em Corinto, Paulo disse: "Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós, ou fostes porventura, batizados em nome de Paulo?" (1 Co 1:12-13). Paulo aqui parecia estar dizendo: "Por que vocês dizem que são de Paulo? Jamais poderiam dizer isso. Vocês não foram batizados para dentro do meu nome - foram batizados para dentro do nome do Senhor Jesus Cristo. Vocês não devem estar sob qualquer outro nome."

2. NENHUMA COMUNHÃO PARTICULAR


Fomos batizados para dentro do único nome, o nome acima de todo nome e também fomos chamados para dentro da comunhão do Filho de Deus (1 Co 1:9). Essa comunhão do Senhor Jesus tornou-se a comunhão dos apóstolos (At 2:42). Em 1 João 1:3 diz-se: "O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." O "nós" e "conosco" mencionados nesse versículo referem-se aos apóstolos. O apóstolo João parecia estar dizendo: "Nós, os apóstolos, proclamamos a vocês a vida divida. Nessa vida vocês podem ter comunhão conosco, e nossa comunhão é com o Pai e com o Filho". Essa comunhão é também chamada de participação. O significado é o mesmo. Seja qual for o termo que usemos, há algo chamado comunhão, a participação comum em Cristo, o qual é comum a todos os crentes NEle. Quem quer que tenha crido para dentro Dele está agora na comunhão do nosso maravilhoso Senhor. Essa comunhão é comum a você, a mim e a todo regenerado. Entretanto, muitos cristãos não têm essa comunhão única. Antes, eles têm uma assim chamada comunhão diferente, especial. Toda comunhão especial constitui-se numa divisão. Alguns cristãos podem não ter um nome denominacional, isto é, podem não ter um nome para o seu grupo, mas têm uma comunhão particular. A comunhão deles não é tão ampla quanto a comunhão comum do Filho de Deus. Pelo contrário, ela é restrita e particular.

3. NENHUM ENSINAMENTO PARTICULAR



Alguns grupos não têm um nome, mas têm um ensinamento particular que gera uma comunhão particular. Por exemplo, alguns grupos crêem que todos os santos serão arrebatados antes da grande tribulação. Qualquer pessoa que não apóie esse conceito deve arrepender-se de sua própria doutrina antes de poder ter comunhão com esse grupo. Por intermédio de tudo isso vemos que aquele grupo, insistindo na crença do arrebatamento pré-tribulação, não tem somente a fé comum (Tt 1:4). Além da fé comum, eles se apegam à crença do arrebatamento pré-tribulação. Esse ensinamento particular gera uma comunhão particular e essa comunhão particular se constitui numa divisão.

Até aqui, vimos três causas de divisão: um nome particular, uma comunhão particular e um ensinamento particular. Apenas um desses itens é suficiente para fazer de um grupo uma divisão. Uma vez que você tem um nome particular, ou uma comunhão particular, ou um ensinamento particular, você é uma divisão.

4. COMUNHÃO UNIVERSAL, NÃO COMUNHÃO ISOLADA


Pode haver alguns grupos cristãos que proclamem não ter nome, comunhão ou ensinamento particulares. Declaram que odeiam qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus e que não se apegam a qualquer comunhão ou ensinamento particulares. Antes, recebem todos os tipos de cristãos genuínos. Se for esse o caso, então precisamos verificar três outras coisas, nenhuma das quais é simples. Primeiro, precisamos ver que tipo de comunhão eles têm. Embora possam não ter um comunhão particular, a comunhão deles pode ser isolada, não universal. Embora recebam todos os verdadeiros cristãos, não têm comunhão com qualquer outra igreja. A comunhão deles é muito limitada e isolada em sua própria esfera. Não é universal ou mesmo totalmente local. Isso faz deles uma facção. Tal grupo não é a igreja naquela cidade - é uma facção local. Essa questão é muito delicada e poucos são capazes de percebê-la. É fácil ver que aqueles com um nome, uma comunhão ou um ensinamento particulares são facções. É, porém, difícil ver que um grupo sem essas coisas ainda possa ser uma facção se a sua comunhão for isolada. Embora tal grupo proclame ser a igreja em sua cidade, ele é na verdade uma facção local.

5. Nenhuma administração separada



Pode haver um grupo que não tenha nome, ensinamento ou comunhão particular, e cuja comunhão não seja isolada. Entretanto, eles podem insistir em ter uma administração separada, em presbitério separado. Esse presbitério separado faz deles uma divisão. Não importa quantos crentes possa haver numa certa igreja, a igreja naquela cidade tem de estar sob um único presbitério com uma única administração. A cidade de Manaus tem um único prefeito e uma única prefeitura. A cidade de São Paulo, porém, que é muitíssimo maior que Manaus, ainda tem somente um prefeito e uma prefeitura. Se a cidade de São Paulo tivesse mais de um prefeito, isso seria um sinal de que a cidade foi dividida. Embora houvesse dezenas de milhares de crentes em Jerusalém (At 21:20) e eles se reunissem em muitas casas, havia somente um grupo de presbíteros. Ainda havia apenas um presbitério, uma única administração.

Suponha que haja nesta cidade um grupo de cristãos cuja prática lembre a nossa. Eles não têm nome, comunhão ou ensinamento particulares, e sua comunhão é aberta a todos, a toda a igreja no mundo inteiro. Todavia, eles insistem em manter um presbitério separado com uma administração separada. Porquanto aquela administração separada é uma causa de divisão, esse grupo também é uma facção. Se houver duas administrações numa cidade, então poderá haver duas "igrejas" na cidade. É como ter dois prefeitos e duas administrações em uma só cidade. Se for esse o caso, então aquela cidade tem de ser dividida. Por intermédio de todos esses pontos podemos ver que não é algo simples conhecer a igreja.

6. A unidade universal e local da igreja



A igreja é uma universalmente e localmente. Há somente uma única igreja. Universalmente, a igreja é uma em existência; localmente, a igreja é uma em manifestação. A igreja no universo é uma e a igreja manifestada numa cidade é também uma. A palavra do Senhor "sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt 16:18), esta relacionada à igreja universal. Seguindo-se a isso, em Mateus 18 o Senhor falou sobre a manifestação da igreja numa loalidade. Se dois ou três não conseguem resolver eles mesmos um problema, devem dizê-lo à igreja. Essa certamente não é a igreja universal, mas a igreja na cidade onde aqueles crentes vivem. Nos quatro Evangelhos, o Senhor mencionou a igreja duas vezes, uma vez no aspecto universal e outra no aspecto local.

A FIGURA CLARA NA BÍBLIA
No livro de Atos, a igreja não é mencionada segundo o aspecto universal, mas segundo o aspecto local. Atos 8:1 fala da igreja em Jerusalém, não da igreja no universo. Atos 13:1 fala da igreja numa outra localidade, a igreja em Antioquia. Sabemos por Apocalipse 1:11 que havia seta igrejas em sete cidades da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadéfia, e Laodicéia. Igrejas também foram levantadas na Europa. Havia, por exemplo, uma igreja em Corinto (1 Co 1:2). É claramente retratado na Bíblia que a igreja é universalmente uma em sua existência e localmente uma em sua manifestação. Onde quer que a igreja esteja, ela é sempre uma. Embora haja uma única igreja universal, em muitas cidades há a igreja em seu aspecto local, uma igreja em cada cidade.




                                                                                        LucioFidalgo



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