sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vitória Nas Tentações





                     Vitória Nas Tentações






“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38).
VIGIAR UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e oração. Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).
At 10.10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O Espírito Santo, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de Deus não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2). (1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de Cristo, especialmente dos apóstolos (6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora
sexta (10.9); Deus recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.). (2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente. (3) Não seria do agrado de Deus, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de Deus, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)? (4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em Deus, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao Espírito Santo, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas.

Verdade Prática:
A cada dia, os cristãos são submetidos a novas e capciosas formas de tentação. A vigilância e a oração constituem o único caminho para a vitória.
Leitura Diária:
Segunda Mc 14.38 A carne é fraca pelo efeito do pecado
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
VIGIAR UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e oração. Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).

Terça Lc 8.13 Desviados pela ação da tentação
e os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam;
CRÊEM POR ALGUM TEMPO E SE DESVIAM. Na interpretação da parábola do semeador, por Cristo, Ele mostra com clareza que alguém pode crer e iniciar uma sincera vida de fé, mas desviar-se depois, por não resistir à tentação. Por outro lado, há os que, ouvindo a Palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança (v. 15). Jesus ensina que é essencial que aqueles que recebem a Palavra a conservem ou guardem (11.28; Jo 8.51; 1 Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1 Tm 4.1,16; 2 Tm 3.13-15; 1 Jo 2.24,25; ver Jo 15.6, nota sobre o permanecer em Cristo).

Quarta Lc 22.40 Orando para não cair
E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação
GETSÊMANI... ENQUANTO EU ORO. As medidas aqui tomadas por Jesus nos oferecem um exemplo do que o crente deve fazer em tempos de grande angústia ou pesar. (1) Voltar-se para Deus em oração (vv. 32,35,36,39). (2) Buscar o apoio dos amigos (vv. 33,34,42). (3) Afirmar de coração que Deus é o Pai celestial que cuida de nós (v. 36). (4) Confiar em Deus e entregar-se à sua vontade (v. 36). Ver Mt 26.37ss., notas sobre as dez etapas do sofrimento de Cristo.14.35 PASSASSE DELE AQUELA HORA.VIGIAR UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e oração. Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).

Quinta 1 Co 10.13 Escape por Deus na tentação
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
FIEL É DEUS. O crente professo não pode justificar seu pecado com a desculpa de que ele simplesmente é humano e, portanto, imperfeito; e que neste mundo todos os crentes nascidos de novo pecam por palavras, pensamentos e ações (cf. Rm 6.1). Ao mesmo tempo, Paulo assegura aos coríntios que nenhum crente precisa cair da graça e da misericórdia de Deus. (1) O Espírito Santo afirma explicitamente que Deus outorga aos seus filhos graça suficiente para vencer todas as tentações e, assim, resistir ao pecado (cf. Ap 2.7,17,26). A fidelidade de Deus expressa-se de duas maneiras: (a) Ele não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar, e (b) Ele, ocorrendo a tentação, proverá os meios de a suportarmos e vencermos o pecado (cf. 2 Ts 3.3). (2) A graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 2.11-14), o sangue de Jesus Cristo (Ef 2.13; 1 Pe 2.24), a Palavra de Deus (Ef 6.17; 2 Tm 3.16,17), o poder do Espírito Santo que em nós habita (Tt 3.5,6; 1 Pe 1.5) e a intercessão celestial de Cristo proporcionam poder suficiente para a guerra do crente contra o pecado e contra as hostes espirituais de maldade (Ef 6.10-18; Hb 7.25). (3) Se o cristão se entrega ao pecado, não é porque a graça divina é insuficiente, mas porque ele deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus próprios desejos pecaminosos (Rm 8.13,14; Gl 5.16-24; Tg 1.13-15). Deus, com "o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade" (2 Pe 1.3), e, pela salvação concedida por Cristo, podemos "andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra... corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória,em toda a paciência, e longanimidade, com gozo" (Cl 1.10,11; ver Mt 4.1). Podemos "suportar" toda a tentação e "escapar", se realmente desejarmos assim fazer, na dependência da fidelidade e do poder de Deus.

Sexta Gl 4.14 Tentação na carne
E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne; antes, me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.
UMA TENTAÇÃO NA MINHA CARNE. Isso pode ter sido uma deficiência na vista (v. 15), malária, o espinho na carne (2 Co 12.7), ou um defeito físico causado por apedrejamento. Seja o que for, deve ter sido problema físico. Note que o crente fiel que está na vontade do Senhor, ativo no serviço cristão, etc., não é imune a doenças, dores físicas ou fraquezas.
Sábado 2 Pe 2.9 Livres da tentação pelo Senhor
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados,
LIVRAR... OS PIEDOSOS.
O modo de Ló reagir ante a iniqüidade e imoralidade ao seu redor (v. 8) tornou-se uma prova que determinou, tanto o seu próprio livramento, quanto seu destino na eternidade. (1) Deus livrou Ló porque este rejeitava o mal e sentia repugnância na sua alma, diante "da vida dissoluta dos homens abomináveis" (v. 7; ver a nota anterior). (2) Quando Cristo voltar para levar seu povo (ver Jo 14.3 nota) e manifestar a sua ira sobre os ímpios (3.10-12), Ele levará
para si mesmo a sua igreja visível que, por causa da sua fé nEle e do seu amor por Ele, é, aqui, como Ló, afligida pela conduta carnal, pela vida imoral e pelos demais pecados clamorosos da sociedade ao seu redor. (3) Deus sabe como libertar seus servos fiéis do meio ambiente imoral e corrupto, em cada geração (cf. Mt 6.13; 2 Tm 4.18; Ap 3.10)
Leitura Bíblica Em Classe:
EFÉSIOS 6.10-18
10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 12 porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15 e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, 18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17).
(1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz. Jesus travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14).
(2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 8.13), (a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17), (b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12 *). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano, repudiando os seus males (cf. Hb 1.9), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7). (3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3), mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18).
(4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)
6.12 HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10 ). (1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios (2.2), se opõem à vontade de Deus (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8). (2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)
6.17 A ESPADA DO ESPÍRITO. A "espada do Espírito, que é a palavra de Deus", é a arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de Deus em tudo que ensina. Abandonar a posição e a atitude de Cristo e dos apóstolos para com a Palavra de
Deus é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar, expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21 *; cf. Mt
4.1-11)
6.18 ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no Espírito", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).
Objetivos: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1- Citar os três elementos que dão origem à tentação.
2- Definir as palavras carne e mundo, de acordo com a lição.
3- Descrever os passos que conduzem à queda.
Comentários: INTRODUÇÃO
O tema “tentação” está sempre presente na vida do cristão. À medida que os anos passam, Satanás utiliza-se de meios e táticas, cada vez mais sutis, para tentar o povo de Deus. Entretanto, os recursos divinos disponíveis ao crente para vencer as tentações são os mesmos: vigilância, oração, fé, a Palavra de Deus e o poder do Espírito Santo. Utilize-os diariamente!

I. A ORIGEM DA TENTAÇÃO
De acordo com a Bíblia, podemos afirmar que a tentação é o convite e a instigação para o pecado. Ela possui basicamente três origens: a carne, o mundo, e o Diabo.
1. A carne.
2. O mundo.
3. O Diabo.
O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO
1Jo 2.15,16 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
A palavra “mundo” (gr. kosmos) freqüentemente se refere ao vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e
existente à parte de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Na presente era, Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para
opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos nascituros; a agricultura para produzir drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito, força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
(1) Satanás (ver Mt 4.10, * sobre Satanás) é o deus do presente sistema mundano (ver Jo 12.31 *; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; 5.19). Ele o controla juntamente com uma hoste de espíritos malignos, seus subordinados (Dn 10.13; Lc 4.5-7; Ef 6.12,13).
(2) Satanás tem o mundo organizado em sistemas políticos, culturais, econômicos e religiosos que são inatamente hostis a Deus e ao seu povo (Jo 7.7; 15.18,19; 17.14; Tg 4.4; 2.16) e que se recusam a submeter-se à sua verdade, a qual revela a iniqüidade do mundo (Jo 7.7).
(3) O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos de povo. O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31 *); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2). Por isso, o crente deve separar-se do mundo .
(4) No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2 *), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9 *), morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). (b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à
destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4 *). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (ver Lc 23.35 *). Note, é claro, que os termos “mundo” e “terra” não são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc.
(5) De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a Deus: (a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14). (b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro,
na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28). (c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11 *; 2Co 6.14 *) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11 *), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).
(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá tribulação (Jo 16.33), ódio (Jo 15.19), perseguição (Mt 5.10-12) e sofrimento em geral (Rm 8.22,23; 1Pe 2.19-21). Satanás, usando as atrações do mundo, faz um esforço incessante para destruir a vida de Deus dentro do cristão (2Co 11.3; 1Pe 5.8).
(8) O sistema deste mundo é temporário e será destruído por Deus (Dn 2.34,35, 44; 2Ts 1.7-10; 1Co 7.31; 2Pe 3.10 *; Ap 18.2).

II. COMO OCORRE A TENTAÇÃO
As Escrituras nos ensinam, de forma didática, como se processa a tentação e advertem-nos sobre os passos que conduzem o homem à queda:
1. Atração.
2. Engodo.
3. Concepção do desejo.
4. O pecado é gerado.
5. A consumação do pecado (Tg 1.15b).
PELA SUA PRÓPRIA CONCUPISCÊNCIA. A tentação provém, em princípio, dos desejos e inclinações do nosso próprio coração (cf. Mt 15.19). Se o desejo mau não for resistido e purificado pelo Espírito Santo, levará ao pecado e, depois, à morte espiritual (v. 15; Rm 6.23; 7.5,10,13).

TRÊS CLASSES DE PESSOAS
1Co 2.14,15 “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido”.
DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA. As Escrituras dividem todos os seres humanos em geral, em duas classes. (1)
O homem/mulher natural (gr. psuchikos, 2.14), denotando a pessoa irregenerada, i.e., governada por seus próprios instintos naturais (2Pe 2.12). Tal pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9), está sob o domínio de Satanás (At 26.18) e é escravo da carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está em harmonia com ele (Tg 4.4) e rejeita as coisas do Espírito (2.14). A pessoa natural não consegue compreender a Deus, nem os seus caminhos; pelo contrário, depende do
raciocínio ou emoções humanas.(2) O homem/mulher espiritual (gr. pneumatikos, 2.15; 3.1) denota a pessoa regenerada, i.e., que tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos de Deus (2.11-13) e
vive pelo Espírito de Deus (Rm 8.4-17; Gl 5.16-26). Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do
Espírito que nela habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado (Rm 8.13,14).Como tornar-se um crente espiritual? Aceitando pela fé a salvação em Cristo, a pessoa é regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova natureza mediante a concessão da vida divina (2Pe 1.4; ver o estudo A REGENERAÇÃO ). Essa pessoa nasce de novo (Jo 3.3,5,7), é renovada (Rm 12.2), torna-se nova criatura (2Co 5.17) e obtém a justiça de Deus mediante a fé em Cristo (Fp 3.9).
UMA DISTINÇÃO ENTRE OS CRENTES. Embora o crente nascido de novo receba a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações (Gl 5.16-21). A natureza pecaminosa que no crente existe, não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo (Rm 8.13). O crente obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente (Mt 16.24; Rm 8.13; Tt 2.11,12), deixando todo impedimento ou pecado (Hb 12.1), e resistindo a todas as inclinações pecaminosas (Rm 13.14; Gl 5.16; 1Pe 2.11). Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica (Gl 5.16-18,24; Rm 8.13,14) e a
mortifica (Cl 3.5). Pela abnegação e submissão à obra santificadora do Espírito Santo em sua vida, o crente em Cristo
experimenta a libertação do poder da sua natureza pecaminosa e vive como um crente espiritual (Rm 6.13; Gl 5.16).
Nem todo crente se esforça como devia para vencer plenamente sua natureza pecaminosa. Ao escrever aos coríntios, Paulo mostra (3.1,3) que alguns deles viviam como carnais (gr. sarkikos), i.e., ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregavam-se a algumas delas. Embora não vivessem em contínua desobediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas das suas vidas, e mesmo assim querendo permanecer como povo de Deus (10.21; 2Co 6.14-18; 11.3; 13.5).(1) A figura do crente carnal. Embora os crentes de Corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniqüidade, que os separaria do reino de Deus (ver 6.9-11; cf. Gl 5.21; Ef 5.5), estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo (13.1,2). A carnalidade deles era vista na “inveja e contendas” (3.3). Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja (5.1-13; 6.13-20). Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor (4.18,19). Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais (6.6-8). Observe-se que aos crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual ou pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo (5.1,9-11; 6.9,10).(2) Perigos para os cristãos carnais. Os cristãos carnais de Corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo (2Co 11.3) e de se conformarem cada vez mais com o mundo (cf. 2Co 6.14-18). Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus (6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso (ver 1Jo 3.15 nota; 5.17 nota; cf. Rm 8.13; 1Co 5.5; 2Co 12.21; 13.5). (3) Advertências aos cristãos carnais. (a) Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm 6.14-16; 1Co 6.9,10; 2Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg 1.12-16), ele corre o risco de abandonar a fé. (b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados (10.5-12). (c) Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao mesmo tempo (Mt 6.24; 1Co 10.21). (d) Devem separar-se completamente do mundo (2Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor (2Co 7.1).
III. A VITÓRIA SOBRE A TENTAÇÃO
1. Como vencer a tentação da carne.
2. Como vencer o mundo.
3. Como vencer o Diabo.
PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará a sua casa”.
Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de Jesus: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de Jesus sobre Satanás fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr.
daimonion) ou espíritos malignos.
OS DEMÔNIOS.
(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.
(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver Mt 4.10 *).
(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (ver 1Co 10.20).
(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (ver Jo 12.31 *; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 *).
(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição.
(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as
doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).
(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15; 1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).
JESUS E OS DEMÔNIOS.
(1) Nos seus milagres, Jesus freqüentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).
(2) Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de Deus.
(3) O inferno (gr. Gehenna), o luga de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.
O CRENTE E OS DEMÔNIOS.
(1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; i.e.: o Espírito e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 *). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
(3) Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de Deus (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11.22; At 26.18).
(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12). (b) Viver diante de Deus uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef 6.14). (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas
por Deus para a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do Espírito Santo (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de Jesus (At 16.16-18), ao usar a Palavra de Deus (Ef 6.17), ao orar no Espírito (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 *; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1 *; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12). (f) Orar, principalmente, para que o Espírito Santo convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do Espírito, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).

CONCLUSÃO
Ninguém é imune à tentação, qualquer que seja seu aspecto. Entretanto, Jesus já venceu o tentador no deserto e também no Calvário, para sempre. De igual forma, o crente fiel pode triunfar ao ser tentado se fizer uso das armas espirituais que Deus coloca a seu dispor.
REJEITANDO TODA IMUNDÍCIA. A Palavra de Deus, quer pregada, quer escrita, não pode atuar de modo eficaz na vida da pessoa se esta não se separa da imundícia moral e do mal. (1) Deus ordena ao crente que deixe de lado toda impureza pecaminosa que permeia a sociedade irregenerada e corrupta e que procura influenciá-lo e a sua família. Essa imundícia polui a alma e o espírito e arruína a sua vida (cf. Ef 4.22,25,31; Cl 3.8; 1 Pe 2.1). (2) As Escrituras nos avisam quanto às coisas impróprias para o povo santo de Deus. Assim sendo, não devemos participar de nenhum tipo de impureza ou obscenidade (Ef 5.3,4). Além disso, devemos estar conscientes de que permitir qualquer tipo de impureza moral em nossa vida ou no nosso lar, inclusive a linguagem imunda ou obscena, através do vídeo ou da TV, entristece o Espírito Santo e violenta os santos padrões que Deus estabelece para o seu povo. A Palavra de Deus nos adverte: "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros" (Ef 5.6,7). (3) Nós, como crentes, devemos levar a sério a justiça e a santidade. Nossa "casa" precisa estar varrida e limpa e cheia da Palavra de Deus e da santidade de Cristo (Mt 12.43-45)


Carne
Nas Escrituras, o termo é usado tanto para descrever a natureza humana, como para qualificar o princípio que está sempre disposto a opor-se ao espírito. O crente carnal, segundo o apóstolo Paulo, é o que dá inteira guarida ao pecado.
Compreendendo As Suas Tentações!
Por David Wilkerson 27 de julho de 1992

Martinho Lutero, o pai da Reforma, dizia que três requisitos entram na produção de um verdadeiro ministro do evangelho. Estas três coisas também se aplicam a todo cristão vencedor: oração, meditação – e tentação.

Foi dito que Lutero podia falar à consciência das pessoas mais rapidamente que qualquer homem do seu tempo. A sua pregação era tão penetrante, que parecia que ele conseguia ler diretamente o coração e a mente das pessoas.

Quando uma vez perguntaram a Lutero qual o segredo do seu ministério, ele respondeu que era compreender e vencer suas tentações. Lutero chamava a tentação de “loja da experiência” - e achava que a sua habilidade em sondar de maneira tão profunda o coração dos homens era resultado de haver aprendido através de suas próprias tentações.

É verdade - os mais santos dentre o povo de Deus sabem o que é suportar tentações medonhas e esmagadoras. Em verdade, provavelmente a maioria dos que estão lendo esta mensagem estão neste instante combatendo uma tentação terrível que veio quando menos se esperava!

A Bíblia diz claramente que não devemos ser ignorantes quanto aos intentos de Satanás. E creio que se estivermos desejosos, o Espírito Santo nos ajudará a compreender os propósitos de Deus por trás das tentações. Ele deseja nos dar o que chamo de “chaves para revelar o mistério da tentação dos justos”
.

Vejamos estas três chaves:

1a. Chave: A Chave Mais Importante Para Compreender sua Tentação é Saber de Onde Ela Vem.
Será que a sua tentação se origina de Deus, do diabo - ou da carne?

A sua resposta imediata provavelmente é: “É fácil - a tentação sempre vem do diabo porque a Bíblia diz, ‘... Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.' (Tiago 1:13)

No entanto, as Escrituras nos dão também esta declaração muito clara: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo." (Mateus 4:1). O Espírito de Deus efetivamente levou Jesus para a zona de combate!

A verdade é que ambos, Deus e Satanás têm um papel e um plano em toda tentação que nos acontece. O objetivo de Satanás aos nos tentar sempre é destruir, arruinar e matar. Mas para aqueles de nós que amamos o Senhor e somos chamados por Ele, Deus a usa para promover um propósito Seu, grandioso e eterno. O Senhor permite a sua tentação - porém Ele não a produz!

Isto é ilustrado em duas passagens bíblicas que aparentam se contradizer:
"E a ira do SENHOR se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá." (2 Samuel 24:1)

"Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel." (1 Crônicas 21:1)
Ambos versículos descrevem a mesma ocasião. Mesmo assim um diz que Deus moveu a Davi contra Israel - e o outro diz que Satanás moveu a Davi!

O fato, é que ambos, Deus e Satanás estavam envolvidos. Veja, Satanás viu uma oportunidade para destruir Davi e eliminar Israel. Mas Deus tinha outro plano em mente: Ele viu a possibilidade de se fazer uma limpeza; viu salvação para Davi através da devastação do seu orgulho!

Então Deus usou Satanás como um bastão Seu para punir um Israel desobediente. Ele infligiu um julgamento para salvar o Seu povo - expondo o orgulho, a idolatria e a apostasia. E se você conhece a história, o plano de Deus deu certo! Ele permitiu que o inimigo tentasse Davi até certo ponto, mas então Ele se moveu e trouxe livramento - e Davi e Israel foram salvos neste processo.

O resultado final não foi a queda de Davi - mas arrependimento, uma humildade maior, e uma congregação mais forte em Israel. E você pode dormir descansado: se Satanás lhe ataca, é necessário que ele receba permissão de Deus para fazer isto. É por isto que apesar de ele ter um objetivo destrutivo ao lhe tentar, Deus possui o Seu próprio objetivo - um propósito eterno - em permiti-lo!

2. Se Deus Está Permitindo Uma Tentação Poderosa em Sua Vida, Você Pode Estar Certo de Que Ele Está Se Esforçando Para Conseguir Algo !
Deus pode estar usando uma tentação para alcançar uma lascívia antiga ou um pecado que lhe assedia, e que tenha grande força sobre você. A Bíblia diz “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência." (Tiago 1:14). E é atrás disto que Deus está - dos restos daquela cobiça! Ele permitirá que ela brote ano após ano, até que você finalmente diga: “Por que tenho de continuar enfrentando esta mesma luta?”

Quando uma tentação súbita ataca - indesejada, inesperada, vinda do nada - o objetivo de Deus é lhe mostrar a sua fraqueza. Até agora você sempre esteve vulnerável, pois nunca havia estabelecido uma guarda em seu ponto fraco. E porque Deus deseja lhe auxiliar a se tornar forte aí, Ele dá permissão a Satanás para lhe testar repetidas vezes nesta mesma área - até que a sua guarda é estabelecida. Você vai continuar a ser tentado até que as últimas raízes desta cobiça sejam destruídas!

Deus não permite a tentação porque deseja que nos sintamos sujos e indignos, vítimas dos caprichos satânicos. Não - Ele nos convida a dizer: “Senhor, sei que a Tua mão está em tudo isto. Ajuda-me a colocar guarda contra este pecado e a cuidar disto em retidão. Conheço a minha fraqueza - e não quero mais ser tentado!”

3. Toda Tentação dos Justos Vêm Durante Duas Obras Especiais de Deus em Nossas Vidas.
As tentações mais sérias atacam durante duas ocasiões únicas em nosso andar com o Senhor:
(1) imediatamente após recebermos bênçãos e livramento das mãos de Deus, e
(2) um pouco antes de Deus nos abrir uma porta nova e maior de serviço para a Sua glória.
Deus pode ter lhe abençoado grandemente, e dito: “Vou lhe usar - abrirei uma porta que ninguém pode fechar!” Talvez Ele tenha lhe mostrado que vai fazer algo muito singular em sua vida, nas áreas de iluminação, de utilização e de resultados. Amado: se é este o caso, então fique alerta - pois é geralmente aí que o diabo entra em ação!

Você pode ficar pensando: “Como o diabo sabe que Deus está prestes a me usar? Ele não lê pensamentos - ele não conhece o futuro”.

Certo! Mas Satanás teve 6.000 anos para estudar os métodos de Deus! Ao longo dos séculos ele viu como Deus usa os que se voltam para Ele de todo o coração: Abraão, Jacó, Pedro. E agora, ao lhe ver orando e com fome de Deus, ele conhece o significado disto: unção, poder - e abalo para o seu reino! Ele diz: “Esta pessoa está ligada em Deus - ela vai ser grandemente usada. Tenho de chegar à ela antes que isso aconteça!”
As Tentações Mais Mortais São Lançadas Contra Aqueles Que já Estão Com as Mãos nas Portas de Uma Nova Ordem Proveniente dos Céus !

Uma ilustração poderosa disto está registrada no Salmo 40. Eis um relato fascinante de como um dilúvio de tentações terríveis se abateu sobre Davi imediatamente após uma de suas maiores vitórias. Ouça Davi se vangloriando no Senhor:

“(O Senhor) 2 Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pós os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. 3 E pós um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR." (Salmos 40:2-3)

Davi está testificando de uma grande vitória em sua vida! Ele foi retirado de um abismo por Deus - e está vivendo em retidão e sendo abençoado acima do comum. Os outros vêem o que Deus fez por ele, e isto é motivo para louvarem a Deus:

"10 Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade. 5 Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar." (versos 10, 5).

E aí Davi diz: "... os meus ouvidos abriste; ... Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração." (versos 6, 8).

Davi aqui está dizendo algo impressionante; “Oh Senhor, vejo o que tens colocado à frente de mim! Os Seus planos para mim são tão maravilhosos. As Suas mãos estão sobre mim - O Senhor deseja me usar!”

Essas palavras são as de um homem que está desfrutando de uma das maiores vitórias de sua vida. Deus havia acabado de salvar a Davi. E agora lhe revelou que o reino inteiro deverá ser posto sob ele. Na realidade, Davi estava prestes a entrar em seu período de maior eficiência!

No entanto, olhe o que se segue imediatamente neste mesmo salmo:

"Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração." (versículo 12).

Neste ponto Davi não estava com cobiça, preguiçoso ou fora da vontade de Deus. Não - estava orando, pregando, testemunhando e com fome da palavra de Deus. Ainda assim, de repente, no momento em que estas duas grandes obras de Deus ocorriam em sua vida, ele se afoga em um rio de provações e tentações inesperadas! “males sem número ” que se apoderavam dele eram um dilúvio de tentações angustiosas: fracassos do passado, cobiças antigas, coisas que o haviam levado a pecar. Tudo isto voltou correndo!

Quantos dentre os filhos mais preciosos de Deus têm clamado como Davi: “Deus, o mal me sufoca! Sou esmagado por maus pensamentos - estou muito envergonhado para poder olhar para cima! Nunca serei santo. Sinto-me um fracasso!”

Neste instante, você pode estar atravessando uma tentação que não compreende. Você a detesta, rejeita - mas de repente, lá está ela, e não se sabe de onde veio. Você diz: “Desejo ardentemente amar o Senhor. Não estou farreando por aí ou em busca do pecado. Por que tentação voltou de novo?”

Primeiro de tudo, é preciso entender que não é pecado ser tentado. Mas o diabo irá pintar o seu quadro com as cores da indignidade! Ele dirá: “Aha! Você estava pensando que tudo estava acabado e enterrado. Mas olhe para você - a coisa brotou em seu coração outra vez!”

Você vai pensar: “Não consegui nenhum progresso, apesar de me haver decidido pela santidade. Por que vou continuar batalhando por isto?” Porém, a verdade é que quanto mais reto você for, mais envergonhado sentir-se-á ao passar por estas tentações - pois não deseja mais entristecer um Deus santo!

Ao longo da História, grandes homens de Deus testificaram que ao se assentarem no púlpito antes de pregarem, o diabo colocou pensamentos blasfemos em suas mentes - e eles tiveram de os enfrentar! Uma vez eu estava em uma reunião com um dos maiores homens de Deus que já conheci - um profeta, com quase setenta anos de idade. A presença do Senhor era intensa aquela noite, quando de repente este homem veio a mim e disse: “Rápido, David, imponha as suas mãos sobre mim. Estou sofrendo ataque satânico! Estou suportando tentações que não experimento desde quando era jovem!”

Fiquei atônito. Achava que ele era um dos homens mais santificados que conhecia - e mesmo assim, lá estava ele, chorando sob opressão, bem no meio do mover do Espírito Santo!

Agora entendo que Deus o havia conservado à parte até que o último remanescente fosse arrancado. Deus havia permitido isto, para lhe mostrar aquilo que o havia impedido de chegar ao máximo.

Jesus e Paulo Experimentaram Grandes Tentações Nestas Mesmas Duas Ocasiões

O próprio Jesus é o nosso melhor exemplo a respeito de se compreender e vencer as tentações. Cristo havia acabado de ser batizado em água, e o Espírito Santo havia descido sobre Ele como uma pomba. Aí uma voz falou do céu, confirmando-O para o mundo como o próprio Filho de Deus. Nesse momento Jesus foi honrado e abençoado de uma maneira pela qual homem nenhum houvera sido. O Seu maravilhoso ministério estava bem adiante de Si, em favor do qual Se preparara todos aqueles anos. Contudo, assim que foram ditas as palavras, ‘... Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo.” (Marcos 1:11), o versículo seguinte registra: “E logo o Espírito o impeliu para o deserto.” (versículo 12).

E assim foi também com o apóstolo Paulo. Ele havia sido visitado por Cristo na estrada para Damasco e ouviu a voz de Deus. Foi milagrosamente liberto das profundas e lamacentas trevas da cegueira espiritual do farisaísmo. Foi curado da cegueira física.

E que revelação recebeu! Paulo foi informado de que estava sendo preparado como um vaso de honra, para levar o evangelho aos gentios. Seria um ministério de sofrimento - contudo um ministério de uma grandeza além do que um homem poderia conceber!

Mais uma vez, vemos duas ocasiões solenes se encontrando na vida de um homem piedoso: grandes bênçãos e livramentos, e uma revelação gloriosa quanto à uma utilidade futura. Porém é aí que Paulo diz que um “mensageiro de Satanás” vem lhe esbofetear - um pouco depois da revelação, e um pouco antes da fase mais eficiente de sua vida!

Descobri que é assim na minha vida igualmente. Já experimentei anos seguidos livres de uma tentação maior - desfrutando de paz, crescimento e de bênçãos além do comum. Aí Deus diz ao meu coração: “David, tenho algo ainda mais maravilhoso para você - iluminação, alegria e vitórias acima de tudo que já viu!”

Subitamente, sem nenhuma ação da minha parte, me vejo premido no meio de uma provação cheia de fúria! Eu grito: “Oh Deus, de onde vem isso? Eu estava caminhando em retidão, estava orando. Odeio os meus caminhos antigos! Mas agora, veja: é a mesma briga antiga! Senhor, isto é demais!”

Você no momento está atravessando uma luta contra a tentação, uma luta de doer o peito? Pare, crie coragem - e faça uma avaliação!

Será que Deus tem lhe dito algo a respeito de lhe usar mais? A respeito de lhe levar à camadas mais profundas? Ele tem lhe falado a respeito de bênçãos sobre a sua família, de usá-lo para ganhar almas, ou quanto a lhe levar para um novo campo de dedicação? Você pode estar no limiar de um glorioso caminhar com Ele!

É claro que muitos cristãos são poderosamente tentados ao serem levados por suas próprias cobiças, e Deus usa o sofrimento para trazê-las à superfície. No entanto, muitos cristãos são tentados não porque estejam buscando a cobiça - mas porque o diabo sabe que eles estão prestes a danificarem o reino dele. E ele deseja ganhá-los antes que isso aconteça!

Como os Santos Podem Vencer um Dilúvio de Tentações ? Como Alcançamos a Vitória ?
Em 1667 um médico chamado Richard Gilpin escreveu um livro chamado “Demonologia Sacra”, no qual sugeria maneiras de se vencer as tentações. O seu esboço é o melhor que já encontrei. Vou resumi-lo em quatro pontos:

3.1. Resista ao diabo, e jamais corra ou fuja com medo.
“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” (Tiago 4:7). Os cristãos geralmente citam só a última metade deste versículo - mas ela é apenas parte da primeira metade! O mais importante é submeter-se a Deus - e isto significa submeter-se à tentação que Ele permitiu!

Jesus submeteu-se à tentação no deserto porque sabia que a mão de Seu Pai estava presente nisso. E o conhecimento disto Lhe
deu a convicção e o conforto de que não estava sozinho no campo de batalha.

Mas muitos cristãos que são assaltados por grandes tentações começam a se subestimar. Tornam-se desencorajados e deprimidos - e logo desistem, dizendo que sua fé não funciona. Não compreendem que a razão específica de estarem sendo tentados é porque estão fazendo progresso!

O Senhor ordenou que nos preparemos para a luta: “Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. ” (I Cor. 16:13).

3.2. Nunca converse com o tentador.
Nunca entre em disputa com o diabo ou suas potestades! É aí que muitos dos santos falham. Discutem consigo próprios a respeito da tentação, se algum bem poderia advir dela. Em vez disto, devem é apagar rapidamente a chama, negando ao diabo uma oportunidade de injetar argumentos ilusórios!

Uma vez um jovem que estava envolvido em pecado sexual com sua namorada não salva, veio até mim. Disse-me que havia ouvido pregações fortes, e Deus lhe havia falado: “Rompa isto imediatamente! Pare, de uma vez por todas!”

Porém, em vez de obedecer rapidamente a Deus, o jovem deixou que Satanás instilasse argumentos em sua mente. O diabo disse: “Mas você é responsável pela alma dela; ela irá para o inferno a menos que você permaneça com ela. Não corte esta relação de modo completo. Telefone, encoraja-a - fique à disposição quando ela sofrer!”

Era uma receita para o desastre! O jovem estava mantendo conversa com pensamentos demoníacos! Ele estava discutindo - conversando com o diabo!

Satanás não lê a sua mente ou seus pensamentos - ele não é onisciente. Mas ele lê os seus atos! Ele ouve as suas conversas telefônicas, vigia onde seus pés o levam, e lhe observa em lugares onde você não pertence. É assim que ele sabe tanto sobre você - porque as suas ações alardeiam isto! E ele registra as suas fraquezas na lápide de tentações que ele possui.

Se um homem sabe que a fraqueza dele é a pornografia, ele pode estar descendo a rua louvando ao Senhor. Mas o diabo observa onde estão indo os seus pés - e ele prepara uma tentação bem na entrada do território demoníaco! Este homem pode estar orando na cabeça - mas logo os seus pés fazem concessão ao diabo!

O diabo lhe dirá: “Continue - Deus não é tão severo assim. Ele já sabe que você está se esforçando, que você é fraco. Ele lhe perdoa - pois ordena que se perdoe 490 vezes!” Prezado santo, isso não é hora de conversa - é hora de fugir! Gire o corpo - interrompa a conversa demoníaca! A maneira mais eficiente de se falar com o diabo não é com a boca, mas com os pés!

3.3. Determine parada instantânea à qualquer possibilidade de se ceder à tentação.
A hora de parar a tentação é ao primeiro impulso. É aí que você precisa declarar um rápido e enfático NÃO! “Não, diabo! Não, carne!” Alinhe-se ao lado de Deus imediatamente contra o seu pecado. Nada faz o diabo fugir mais rapidamente do que um imediato e definitivo “Não!” ao primeiro ataque.

Paulo falou para mortificarmos os feitos da carne (Romanos 8:13). Não importa o custo ou o que tenha de abandonar, faça o funeral já! Pode-se responder: “Mas é muito duro - não consigo abandonar as minhas tentações”. Sim, vai doer abandoná-las. Mas sejam quais forem, é necessário que morram - sem esperança de ressurreição! Deponha-as, diga não - e de modo rápido e definitivo, sem retorno.

Conheço um ministro na faixa dos sessenta anos que costumava viajar muito. Uma vez, em uma viajem para a Europa, encontrou
uma jovem que estava realmente em chamas para Deus - segundo ele. O Espírito Santo o avisou: “É armadilha - saia já! Não a veja de novo, nem fale com ela. Acabe isto!”

Porém o ministro argumentou: “Ela compreende o meu ministério mais do que qualquer pessoa. É claro que não tem problema só conversar”. Lógico, com o tempo este homem deixou sua esposa e casou-se com a jovem. Desde o início ele sabia que estava errado, mas ele tinha flertad
o com a idéia de se casar com uma mulher mais jovem - e antes de perceber, havia caído no laço.

Este homem podia ter mantido a sua integridade e vivido os restos dos seus dias no resplendor da glória de Deus! Mas por haver negligenciado o dizer um “Não!” rápido e definitivo contra a tentação, perdeu tudo isto!

3.4. Repila Todas as Tentações com Escrituras operantes.
O diabo ri de nossos argumentos; eles nada significam para ele. Há apenas uma coisa que põe terror em sua alma, e isto é a palavra de Deus no coração do cristão - crida e operante, ativada!

Não podemos vencer nossas batalhas através da desguarnecida determinação humana, ou [vacilantemente] recitando versos das Escrituras. Isto porque a força e o poder não estão nas palavras, mas na autoridade que Deus investiu nelas. Para possuir poder sobre o diabo, a palavra de Deus precisa sair de um coração que crê e de lábios que confiam.

Davi disse: “... pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor.” (Salmo 17:4). Também se vangloriou: “... me guardei da minha iniqüidade.” (18:23). Como ele se guardava do pecado? “21 Porque guardei os caminhos do SENHOR, ... e não rejeitei os seus estatutos.” (Salmo 18: 21-22).

Lutero testificou: “Sofri muitas paixões e com intensidade. Mas assim que me apropriei de qualquer trecho das Escrituras, e me mantive nele como sobre uma âncora, rapidamente as minhas tentações se desvaneceram - as quais, sem a Palavra, teria sido impossível suportar, e muito mais, vencer”.

Responda Sua Tentação com um Mandamento Contrário !

Se a sua tentação é em relação ao adultério ou à fornicação, grite: “Não adulterarás!” (Êxodo 20:14). Se trata-se de qualquer tipo de cobiça proclame: “Não cobiçarás” (verso 17). Se for a luxúria da carne, grite: "... se viverdes segundo a carne, morrereis;" (Rom. 8:13). Se trata-se de uma lascívia antiga que tenha se apossado de você, grite, “... o pecado não terá domínio sobre vós, ... !” (Romanos 6:14).

Busque na Bíblia e pegue alguns mandamentos contrários! Comece a proferi-los e a crer neles. Somente a fé faz operar a palavra escrita - e somente a palavra operante (ativada) põe o diabo para correr! Você pode se posicionar e dizer: “Diabo, estou a salvo de você e de qualquer coisa que você envie contra mim proveniente do inferno. A minha resistência não é em função do meu testemunho, ou de qualquer santidade minha - não; resisto em função da palavra escrita de Deus, como Jesus fez”.

Na hora que o inimigo me atacou em toda a sua força recentemente, um versículo surgiu: “Porque guardei os caminhos do SENHOR, e não me apartei impiamente do meu Deus. ” (Salmo 18:21). De repente, a fé começou a brotar em meu coração. Agora eu cito este versículo todos os dias. Quando me levanto pela manhã digo: “Guardarei os caminhos do Senhor” - E Ele os anda comigo!

Se você guarda os caminhos do Senhor seu Deus, Ele lhe dará grande vitória. E agora quer lhe encorajar - que não importa o que você enfrenta já, Ele irá conduzir você até o fim. Você não cairá!

“Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. ” (Hebreus 12:6). Mas, diz Ele, esta correção dura só um período, um breve intervalo - e após, grandes alegrias seguem-se! Aleluia! - que tremenda promessa! Obedeça à Sua palavra, reivindique Seus mandamentos contrários - e desfrute da vitória contra a sua tentação!



                                                                                           LucioFidalgo

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